"Devo
repetir para que fique claro e evidente. O que torna um livro perigoso é o fato de ser considerado sagrado. Não há mágica mais poderosa do
que essa: a crença. Dizem que a fé abre os olhos dos que creem. Na verdade,
senhores, é mais fácil que ela cegue de uma maneira incurável."
A adoração a Deus se tornou mais forte do que nunca e o anfritismo cresce como a religião mais influente dos últimos tempos. Combatendo infiéis com a força da palavra e da espada, os crentes dominam países inteiros, convertem-nos à fé e aos poucos buscam realizar o tão aguardado dia do juízo final: o Recomeço, o crepúsculo do pecado e o fim de tudo o que é mau e perverso. Os países se mobilizam ao notarem as forças religiosas em ação, planos secretos são criados como uma maneira de controlar o rápido avanço anfrítico pelas terras vizinhas, alianças e rompimentos são feitos entre os reinos mais influentes do continente. Tudo indica, porém, que os esforços serão insuficientes. Deverá haver uma guerra contra os servos de Deus. Uma guerra santa.
Entre batizados, festas, celebrações e despertares, acompanhamos a trajetória de protagonistas em um mundo polarizado entre o sagrado e o profano. Ian, o pequeno nascido em família nobre, descobrirá as maravilhas de Deus ao se dedicar aos mistérios da fé. Sorien, o jovem lavrador, receberá a inesperada visita de um comandante do exército real. Akamir, a veterana, despertará desejos antigos em consertar os problemas do mundo. Voüd, o velho diarca, se verá encurralado para proteger o império antes que seja tarde demais. E outras várias personagens se mobilizarão até decidirem entre seguir os mandamentos para adorar a Deus ou tornar-se um pagão e ser caçado até o fim de seus dias.
